domingo, 13 de julho de 2008

Só a verdade

Em algum momento
Todos procuram
Um sentido
Preencher o vazio

Correndo desesperadamente
Para os braços de alguem,
Para um vício
Ou um deus triste

Porque é fácil
Não ver o óbvio
A sujeira embaixo do tapete
Que todos os dias
Nós ajudamos a esconder

É simples
Fingir que existe algo maior
Que nos explique
Justifique
Entenda
Que nos ame e aceite

Um próposito

Mas naquela hora derradeira
Quando a luz se vai
Quando sua odisséia termina
Não existe ninguém

Só você.

Ninguém aprende por você
Ninguém ama por você
Ninguém entende por você
Ninguém morre por você

Eis a verdade
Nada mais que a verdade

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Perdoa aí o mal jeito!

Ainda quero encontrar um jeito de dizer
Que me perdi na sessão de frutas e verduras
E o quilo do tomate estava me implorando
Para levá-lo prá casa....

Desculpe a demora e a falta de capacidade
Em te ligar avisando
Que iria chegar tarde em casa

Mas sabe como é a tecnologia
Não vem de berço e eu tenho medo
De apertar um número e tudo se perder...

Perdoa ai o mal jeito
Mas o tio da vendinha resolveu me cobrar
Aquele Real, e foi osso convencê-lo
Que a coisa tá feia
Precisei mostrar as duas últimas contas atrasadas
E a carteira!