segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A unemat é de todos, mesmo?!

Liberdade de culto.
Eu acho que se você acredita que o universo fora criado por um deus que gosta de brincar de esconde-esconde, ou que ele saiu da cabeça de uma criatura após ter sido golpeada, ou que um gigantesco bule mágico é a resposta de todas as dúvidas existentes, ninguém tem nada a ver com isso e é uma decisão única e exclusiva sua acreditar no que bem entender, certo?!
Contudo, quando você resolve levar aquilo que você acredita para outros indivíduos e lhes resolve impor como verdade e que merece ser respeitado por isso, você perdeu todo o direito de dizê-lo.
Simples, porque agora você invadiu a seara daquilo que chamamos Justiça.
É justo um cristão impor seus conceitos e crenças a um islâmico ou Judeu?
Creio que não.
Aqui na UNEMAT virou costume todas as segundas-feiras acontecer, pela manhã, o que eles apelidaram de "meditação".
Um eufemismo para "culto ecumênico-cristão", visto que se fala em Jesus o tempo todo.
Eu sou Ateu, assumido e convicto. Mas fico pensando, isto é um órgão público, não uma capela.
Mais uma vez, eu pergunto, este culto respeita a vontade do público?
Onde ficam os Judeus e os Islãmicos, os indígenas.
Duvido que, se encontrassem montado pela manhã todos os elementos de um culto Afro-Brasileiro, todos os responsáveis pela organização se sentiriam bem com tal "ofensa".
Mas falar alguma coisa na UNEMAT é o mesmo que uma criança esperneando por um doce enquanto seus pais usam tapa-ouvidos.
Espero que aquele projeto seja aprovado, o que não quer dizer muita cosia, mas talvez ajude as pessoas a perceberem o óbvio: adorem seus deuses em suas casas e deixem as outras pessoas livres para terem suas opiniões.
Obrigado.