quarta-feira, 19 de junho de 2013

A mola

Quando uma mola é comprimida, ela tende a fazer uma resistência em função de sua constante elástica no sentido de voltar ao estado de equilíbrio. Acontece, que ela não volta ao equilíbrio instantaneamente: ela oscila para mais e para menos durante algum tempo até que as forças de atrito e demais forças atuantes façam ela cessar o movimento. As manifestações que vem ocorrendo no Brasil, neste momento, são esta oscilação da mola social que foi comprimida por muito tempo. Excessos serão (e estão sendo) cometidos, mas faz parte do processo e isto não torna ilegítima estas manifestações de forma alguma. Esta é uma revolução de cognição e o protesto é contra tudo, sim. Quem acompanha sabe que não se trata de bandeiras de partidos A e/ou B sendo levantadas: num mesmo evento é possível ouvir cantos de aprovação e rejeição ao Governo Dilma, simultaneamente. Porque tudo está errado e os manifestantes entenderam isso. Não há democracia nem nunca houve. Nas urnas, nada será decidido a favor das pessoas, da grande multidão de explorados e insatisfeitos. O sistema político-econômico é corrompido por natureza e já passou da hora de acordarmos desta ilusão (dentre tantas outras). Não é só pelos 20 centavos. Não é 'baderna' ou 'vandalismo' quando as pessoas se levantam contra tudo o que não faz mais sentido. Nenhum sistema muda com pessoas sentadas em seus sofás ou outorgando que outros lhes representem na busca de seus direitos. A Revolução começa na mente e nos corações de cada indivíduo que se cansou da vida ser apenas um ciclo de manufatura infinito onde somos peças de reposição descartáveis e nossa humanidade é tratada como palanque para novos exploradores. CHEGA! Este é só o começo.

Nenhum comentário: