segunda-feira, 8 de março de 2010

Ai que endurecer?

Tarde da noite, preparando-me para domrir.
O tão celebrado descanso, cair nos braços de Orfeu, entregar-se à navegação de meus sonhos, permitir a construção noturna de meu quebrado corpo triturado na ociosidade rotineira de mais uma (quase) infindável segunda-feira.
Já li os últimos posts dos amigos, dos inimigos e dos que tem alguma coisa pra dizer vindo dos mais variados cantos deste rincão cibernético de meus deuses pagãos.
Mas o derradeiro caminho para a Barcarola do São Francisco me veio após alguns minutos do documentário Zeitgeist - Addendum (disponível no youtube prá quem quiser dar uma conferida).
Como o próprio nome já diz, é um adendo do Documentário Zeitgeist, celebradíssimo e extremamente controverso na visão dos crítico (leia-se:crentes).
Achei de extremo bom gosto e violento (como sempre) ao demonstrar e buscar as raízes de nossas crises econômicas e, acho que é o que mais me intrigou, argumentando sobre a nossa escravidão capitalista.
Ok, parece papo de comuna-idealista-utópico (o que já fui um dia, oras!) mas o documentário não tem nada disso: é muito mais interessante.
Infelizmente, acabei dormindo na terceira parte (cansado demais, cacete!!), mas espero poder vê-lo na íntegra amanhã.
Contudo, já posso ficar grilado com algumas novas informações (novas pra mim, pelo menos).
Eu não sabia que o capital gerado pelos bancos nasce do nada, com base numa dívida.
Não sabia que o valor do dinheiro não está mais representado pelo ouro ou outro objeto de valor, mas num conceito de Flutuação onde o dinheiro recebe parcela do seu valor da quantidade de dinheiro circulando (pelo menos, foi o que eu consegui entender antes de começar a ver trechos sonolentos...).
Se eu pude entender alguma coisa é a seguinte: é um ciclo que aumenta de tamanho, dívida gerando valor, gerando dívida que gera novo valor, ciclicamente.
Ou seja, o ideal é que os países continuem devendo para que os proprietários do capital continuem gerando mais capital.
Também, e mais preocupante, o documentário trata do assunto Assassinos Econômicos e do que se trata esta figura.
Indivíduos utilizados para negociarem a corrupção dos líderes de alguns países, a fim de fazê-los endividarem-se e abrirem o capital para os "que emprestam".
Golpes de Estado como os que aconteceram na Bolívia, Venezuela e Iraque (com a deposição e morte de Saddam Husseim) não são manifestações da vontade do povo (meu caro Wattsom) como a mídia nos tenta vender esta informação, mas parte da tática dos Assassinos Econômicos em tornar aquela nação mais uma colonia escravizada pela dívida.
Estou assustado, sei o que nos aguarda em pouco tempo.
O Brasil é rico em reservas naturais de fauna e flora, além de estarmos em cima de boa parte do aquífero Guarani e, prá completar o pacote, encontramos o Pré-sal.
Logicamente, os olhares dos capitalistas, detentores de boa parte de todas as riquezas produzidas, estão mais do que arregalados sobre nós.
Certamente, haverá conflito, seja ele político ou armado, e nós estaremos sendo usados como peças num tabuleiro de xadrez viciado pelo atual sistema.
Como sair dessa?
Acho que vou pedir pro meu velho me dar algumas lições de sobrevivência urbana, se é que você me entende...
Particularmente, eu sou contra a utilização de armas de fogo, mas, nunca se sabe quando a "Caça às bruxas" poderá cair no nosso quintal, certo?!
O seguro morreu de velho, Tio.

Nenhum comentário: